O Enem possui especificidades do início ao fim. Equivoca-se quem pensa que ao terminar a prova o candidato está livre de todas as particularidades do teste.
É necessário entender como o sistema funciona para saber quais são as possibilidades dentro da nota adquirida. Confira o post a descubra como interpretar a nota do Enem.
Para interpretar a nota do Enem, antes de mais nada, é importante conhecer quais são as metodologias de avaliação. Então, vamos lá!
O grau de conhecimento dos alunos que realizam o Enem é medido por meio de uma espécie de régua. O meio da régua é o número 500, que representa a média obtida por aqueles que fizeram a prova.
Cada uma das questões da prova ocupa um lugar diferente na régua, que varia de acordo com o seu grau de dificuldade de cada uma. As questões mais fáceis ficam abaixo de 500, as médias, em torno de 500 e as mais difíceis, acima.
Os limites da escala, dentro de cada área, variam conforme o nível de dificuldade das questões da prova e o comportamento dos vestibulandos em cada questão. Por isso, a nota de corte e a nota máxima de cada área de conhecimento podem variar.
Para calcular a nota de cada um das áreas de conhecimento do ENEM é utilizada a Teoria de Resposta ao Item, TRI, que além de verificar o grau de dificuldade de cada questão, avalia a coerência e a constância das respostas durante a prova.
A coerência é verificada por meio do parâmetro de casualidade, que mede a probabilidade de a questão ter sido acertada por acaso. Para isso, parte-se da ideia de que quanto maior o nível de conhecimento do aluno, maior a probabilidade de acerto sem chute.
Quanto menor o nível de conhecimento, maior a chance de o acerto ter ocorrido por um acaso –– se essa for uma questão difícil. Se o acerto for considerado casual, a nota do aluno será menor. Por essa razão, pessoas que acertam o mesmo número de itens podem obter médias de desempenho distintas.
Para calcular a nota final, utiliza-se a média aritmética. Basta somar a pontuação dos 4 cadernos de provas do Enem mais a nota da redação e dividir o resultado por 5.
Caso a instituição de ensino estabeleça pesos diferentes para cada uma das provas, basta somar as cinco notas obtidas e dividi-las por seus respectivos pesos.
As notas do Enem são usadas como forma de ingresso a cursos de nível superior em instituições públicas e privadas de todo o Brasil. Para isso, foram criados pelo Governo Federal, junto ao Ministério da Educação, três programas totalmente gratuitos que utilizam as notas do Enem como forma de acesso e classificação. Veja quais são eles:
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) possibilita que os estudantes utilizem o resultado do Enem para concorrer a vagas em universidades públicas de todo país.
O processo seletivo é totalmente informatizado e acontece duas vezes ao ano. Para se inscrever é necessário que o candidato tenha feito o Enem no ano anterior e não tenha zerado a redação.
O Programa Universidade para Todos (ProUni) permite que estudantes de baixa renda utilizem a nota do Enem para se candidatar a bolsas parciais ou integrais em universidades privadas.
Para as bolsas de estudos integrais (100%), é necessário comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até três salários mínimos. Além disso, o candidato deve ter cursado o ensino médio em escola pública ou em escola particular na condição de bolsista integral.
Já para as bolsas parciais (50%), é necessário somente ter participado do Enem, com nota acima de 450 pontos e não ter zerado a redação.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) oferece financiamento a juros baixos e longo prazo para quem não tem condições de arcar com os custos de uma faculdade privada.
O programa funciona como uma espécie de empréstimo. Durante o período da graduação o aluno paga somente o valor referente aos juros e o FIES é quem arca com os custos da mensalidade. O restante do valor é quitado após a conclusão do curso.
Para participar do programa, é preciso ter feito o Enem a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 na prova e não ter zerado a redação. Além disso, o candidato precisa comprovar renda familiar bruta mensal de no máximo dois salários mínimos e meio por pessoa.
Os alunos que possuem bolsa parcial do ProUni, também podem utilizar o FIES para solicitar o financiamento do restante da mensalidade.
Com essas informações ficou fácil interpretar a nota do Enem e saber de suas reais possibilidades. Conheça os 4 benefícios do prouni para a sua formação e aumente seu leque de possibilidades.